Retrospectiva: como o Brasil assistiu pornô em 2018?
2018 foi um ano cheio. Teve Copa, teve Museu Nacional pegando fogo, teve a garotada tailandesa que ficou presa na caverna, e, óbvio, teve a eleição. Mas enquanto tudo isso rolava, também teve muito sexo – e ainda mais pornografia.
O site pornô PornHub aproveitou o final de ano para analisar os dados de seus usuários. E, olha, quando olhamos especificamente para o Brasil, dá pra entender um pouco mais de 2018, só de ver o que o pessoal procurou para se divertir.
Até porque o brasileiro assistiu muito pornô – foi um dois maiores espectadores do mundo. Mesmo com uma queda no número de acessos daqui, o Brasil ficou em 12º lugar no ranking de países que mais visitam a plataforma. E, é bom notar, isso dificilmente significa que por aqui foi visto menos conteúdo adulto do que no ano passado, o mais provável é que o público tupiniquim tenha migrado para outros sites, como o Xvideos, por exemplo.
E quando eu digo brasileiros, eu quero dizer todo mundo que nasce aqui: homens e mulheres. Até porque, as brasileiras aproveitaram 2018 para mostrar sua força como espectadoras. Se a ideia de que mulher não assiste filme pornô é uma bobagem no resto do mundo, aqui é um absurdo maior ainda. No Brasil, 35% dos vídeos foram assistidos por elas. Na prática, somos 2º maior público feminino do mundo, empatados com a África do Sul e atrás apenas das Filipinas. É o segundo consecutivo que as brasileiras ganham a medalha de prata mundial.
O mais contraditório dos dados aparece quando falamos de vídeos com conteúdo LGBTQ+. O Brasil figura como o país que mais assiste vídeos com transexuais. Um brasileiro, de acordo com as estatísticas, tem 57% chance de ver um filme envolvendo trans. Ao mesmo tempo, somos o país que mais mata transsexuais no planeta. De acordo com um relatório da Transgender Europe, ONG referência no tema, entre 2008 e 2016 foram assassinados 868 transexuais no nosso território. O número é 235% maior do que o segundo lugar, México, que matou 259. Não é a primeira vez que o brasileiro se mostra interessado por conteúdo trans. Em 2015 outro site pornô, o RedTube, mostrou que o brasileiro procurava conteúdo trans 89% a mais do que o restante do mundo. E em 2017, o próprio PornHub cravou que nossa média era 84% acima do que no restante do planeta.
Nosso calendário também afetou como vemos pornografia. O relatório nota que durante a segunda feira de carnaval, o tráfico de usuários brasileiros no site diminuiu em 13%. O pessoal preferiu aproveitar a folia.
Entre nossas principais buscas estão Hentai (desenhos eróticos japoneses que ganharam medalha de ouro neste ano, mas já eram terceiro lugar em 2017), seguido por "Lesbian" (que também subiu duas colocações), a medalha de bronze ficou com "Brasil" e o quarto com pornografia envolvendo o jogo de videogame Overwatch. Vale notar que em décimo lugar uma tendência do Youtube adentrou, também, o mundo pornô. "ASMR" (vídeos em que pessoas sussurram perto da câmera) garantiu o final do top 10.
E quando o assunto é categorias, as 5 mais pesquisadas foram respectivamente Lesbian (Lésbicas), Anal, Hentai, Transgender (Transgeneros) e Threesome (Sexo a três).
Você vê essas e outras informações no infográfico abaixo, produzido pelo site:
E agora, o que você vai procurar em 2019?
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