Achar alguém alinhado politicamente é essencial, diz cocriadora do PTinder
Explodiu a notícia: um novo aplicativo vai chegar para unir casais com a ajuda da tecnologia. Mas não qualquer casal. Só os de esquerda.
Batizado de PTinder, a ideia criada pela advogada Maria Goretti e a escritora Elika Takimoto caiu como uma bomba nas redes. No Twitter entrou para os Trending Topics, com defensores do amor à esquerda, e críticos ferrenhos ao match vermelho.
Muita gente discutindo, muita gente discordando, mas pouca gente falando: afinal, o que diabos é o PTinder? "
É um aplicativo, mas vai começar como um perfil do Instagram – que vai ao ar semana que vem já", conta ao Sexting Maria Goretti. "Lá postaremos fotos de perfis que queiram pretendentes e a gente quer destacar. Chamaremos de 'Partidões de esquerda' ", afirma.
A ideia é não só destacar alvos para os pretendentes, mas também ajudar nos relacionamentos que ainda estão por vir. "Também colocaremos pessoas para dar dicas: casais que falem como fazer um casamento durar, ou gente solteira que ensine a detectar um embuste, por exemplo", completa.
A ideia, inclusive, começou no próprio Instagram. "Um amigo meu estava apaixonado, namorando, e chegou a comprar uma viagem para Roma. Só que a namorada terminou. Ele ficou mal, sem conseguir se alimentar direito, então depois de um tempo eu decidi fazer uma propaganda dele no meu 'insta'", conta. "Falei um monte de coisa: que ele era alegre, companheiro, advogado, inteligente, e comentei que era de esquerda. Só que foi justamente isso que chamou mais atenção entre minhas amigas".
Deu certo. O amigo acabou aproveitando a passagem para Itália para encontrar uma amiga de Goretti que morava em Roma e passou a viagem com ela. "Eles se apaixonaram, e batizaram essa operação toda que eu fiz para juntar eles de… PTinder. Aí surgiu a ideia".
"Liguei pra Elika, que é minha amiga, e decidimos fazer um aplicativo. A Mônica Bergamo ficou sabendo, escreveu sobre e explodiu. Achamos que as pessoas iam falar 'Nossa que boa ideia!'; não que ia virar tudo isso", conta.
A repercussão acabou confirmando um sentimento que a dupla já tinha: de que no amor e na guerra, política importa.
"Encontrar alguém alinhado politicamente com você é essencial. Se você se envolve com trabalhos sociais, ou milita, por exemplo, não concordar na política pode atrapalhar tudo", afirma. "A gente já está recebendo mensagens de pessoas que trabalham com direitos humanos, e elas agradecem porque passar por esse tipo de discordância é muito desgastante quando você está procurando alguém".
Os coraçõezinhos vermelhos, no entanto, ainda devem demorar um pouco para se encontrarem pelo PTinder. Não há data de lançamento definida, mas Goreti afirma estar em contato com desenvolvedores para tirar o projeto do papel.
Vale ressaltar que a ideia, no entanto, também não é tentar transformar a iniciativa na nova startup bilionária do Brasil. "Estamos bastante despretensiosas. Começou com um telefonema, vamos ver aonde isso nos leva", diz Goretti, que afirma ainda não ter falado com o Tinder, ou com o Partido dos Trabalhadores, para entender se há algum problema jurídico envolvendo o nome.
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