Quem troca mensagens eróticas é mais feliz, mas se expõe a mais riscos
Felipe Germano
20/09/2019 04h00
Crédito: Felipe Germano
Sexting, o termo que batiza esse blog, é o nome que se dá a ação de trocar mensagens eróticas. É a junção dos termos em inglês "sex" (sexo) e "texting" (enviando mensagem). Mesmo que você nunca tenha ouvido falar especificamente da palavra, com certeza você já está próximo da ação. Em 2017, o Instituto Kinsey (um dos mais respeitados centros de sexologia do planeta) estimou que quase 70% da população mundial já tinha feito sexting.
Agora, uma nova pesquisa de outro renomado instituto, a britânica University of the West of Scotland, está explicando um pouquinho mais sobre o comportamento de quem envia essas mensagens calientes.
De acordo com a nova pesquisa, quem faz sexting é mais feliz sexualmente, mas também se expõe a mais riscos.
Para chegar a esta conclusão, os pesquisadores ouviram 244 adultos. Todos tiveram que ler afirmações pré-determinadas e dizer se concordavam muito pouco ou nada com o que estava escrito.
Entre as frases haviam textos como "Enviar mensagens eróticas é comum em um relacionamento e/ou amizade", "Eu não tenho nenhum problema com minha vida sexual", "Meu/Minha parceiro(a) atende todas as minhas necessidades", "Eu tenho chances de fazer sexo sem camisinha".
Ao mesmo tempo, os participantes respondiam sobre a frequência que já tinham feito sexting: Já enviaram textos? E fotos? Vídeos? Aparecia sua genitálias nas imagens? E esses envios já aconteceram quantas vezes? Uma, duas? Diariamente?
Os resultados apontaram que quanto maior a frequência em que os participantes enviavam mensagens eróticas, mais eles estavam contentes com a própria vida sexual. A pesquisa chegou a mostrar uma diferença de até 85% a mais de satisfação.
Por outro lado, essas mesmas pessoas tinham uma maior chance de se envolver em comportamentos sexuais de risco. Na prática, significa que eles (principalmente homens) acreditavam que havia mais vantagens do que desvantagens em não tomar medidas anticoncepcionais, sair de um lugar seguro para transar com alguém que não conhece, e até não se preocupar com o risco de Infecções Sexualmente Transmissíveis (o termo mais correto para o que chamávamos de DSTs).
É importante ressaltar que o estudo tem alguns bons pontos fracos. Por exemplo, 244 pessoas é uma amostragem baixa, e mesmo dentro desse grupo havia pontos que podem ter interferido no resultado final. Dos participantes, 74% estão em um relacionamento sério, o que pode interferir na porcentagem real de pessoas que se expõe a riscos sexuais, por exemplo.
De qualquer forma é um estudo feito por uma universidade respeitada. É uma dica, para entendermos um pouco melhor o comportamento humano.
E você, agora que já entendeu um pouco mais sobre sexting, se animou ou desanimou para mandar umas mensagens picantes? Me fala aqui nos comentários!
Sobre o Autor
Felipe Germano é jornalista que escreve sobre Comportamento Humano, Saúde, Tecnologia e Cultura Pop. Para encontrar as boas histórias que procura contar, atravessa o planeta: visitou de clubes de swing e banheiros do sexo paulistanos à sets de cinema hollywoodianos. Trabalhou nas redações da rádio Jovem Pan, site Elástica, Revista Época e Revista Superinteressante - e agora colabora com o UOL.
Sobre o Blog
Sexo é o que há de mais antigo nesse planeta, e tecnologia nos traz o que há de mais moderno. Mesmo sem saber quem foi nosso antepassado mais antigo, dá para cravar: ele transava. Mas se engana quem acha que o sexo não mudou nada desde a primeira vez. A tecnologia evoluiu, e com ela nossos hábitos na cama (ou no chão, ou no celular...). Mas dá para juntar tudo, e divertir-se. Muito prazer, esse é o Sexting.