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Traição na pandemia: quais são as cidades brasileiras mais adúlteras

Felipe Germano

06/08/2020 04h00

Leon Seibert / Unsplash

Pular a cerca, chifrar, trair. Independente da expressão usada, você sabe o que significa. A infidelidade não é novidade para ninguém. O que talvez seja é o fato de que, como todos nós, ela se adaptou à vida de quarentena.

Graças à internet, os infiéis persistiram à pandemia. Encontrar contatinhos e mandar nudes ou ter uma discreta conversa caliente entre uma call e outra no home office já são realidade. Isso no mundo todo, inclusive no Brasil.

Agora, uma das plataformas responsáveis por ajudar nessas escapadas revelou quais são as cidades brasileiras mais adúlteras durante a quarentena.

Quem fez os registros foi o site Ashley Madison. A plataforma existe desde 2002 com um objetivo tão claro quanto polêmico: ela ajuda pessoas casadas a encontrarem relações extraconjugais.

Dá para dizer que deu certo. De lá para cá foram 65 milhões de usuários, número esse que cresceu ainda mais com a pandemia: 17 mil novos usuários apareceram no sistema desde o começo da crise de covid-19 e mais de um quarto deles (4.226) são brasileiros.

Agora você pode estar se perguntando: "mas quem são essas pessoas?" Por razões óbvias de respeito à privacidade, a empresa não revela dados sobre seus usuários. Mas deu uma dica: eles provavelmente estão na sua cidade.

Um novo estudo da Ashley Madison revelou quais são as 20 cidades com mais usuários ativos durante a quarentena. O resultado, inclusive, pode procurar alguns "conjes" de Brasília.

A lista ficou:

Brasília, DF
Manaus, AM
São Paulo, SP
Goiânia, GO
Campo Grande, MS
Curitiba, PR
Guarulhos, SP
Campinas, SP
Rio de Janeiro, RJ
Belo Horizonte, MG
Porto Alegre, RS
João Pessoa, PB
São Bernardo do Campo, SP
São Luís, MA
Salvador, BA
Santo André, SP
Duque de Caxias, RJ
Recife, PE
Teresina, PI
Natal, RN

Vale ressaltar que brasilienses, sim, ocupam o primeiro lugar do pódio. Mas os paulistas são os que aparecem mais vezes na lista. Cinco cidades de SP figuraram no top 20.

Traindo-19

macrovector / Freepik

O cenário deixa claro que a traição não começou por causa da pandemia. Mas o vírus, com toda certeza, ajuda bastante no processo. E quem está dizendo isso é a ciência.

Um estudo publicado esta semana pela Universidade do Tennessee, EUA, tentou explicar o porquê.

De acordo com as pesquisadoras, traição costuma aparecer em ambientes de estresse. Problemas com dinheiro, com as crianças, com a saúde, tudo ajuda. Em um mundo pandêmico, a tragédia está pintada, né?

Ainda de acordo com a pesquisa, cerca de 25% dos casais passam por algum tipo de infidelidade durante a vida dos pombinhos. Mas esse, ah, esse é o antigo normal. Para o novo normal podemos esperar números maiores –ainda que o estudo não crave uma porcentagem definitiva.

"Os dados coletados durante a pandemia mostraram que as pessoas estão praticando comportamentos associados a uma alta probabilidade de sofrer infidelidade", afirma o texto.

Dito isso, deixe aberta a possibilidade de jogar limpo com a pessoa ao lado. Trair talvez não seja a melhor opção.

Talvez vocês possam abrir a relação ou, até mesmo, não esqueça: cuckold, o desejo de ser traído, é um dos fetiches mais populares por aqui no Brasil. Vai que.

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Sobre o Autor

Felipe Germano é jornalista que escreve sobre Comportamento Humano, Saúde, Tecnologia e Cultura Pop. Para encontrar as boas histórias que procura contar, atravessa o planeta: visitou de clubes de swing e banheiros do sexo paulistanos à sets de cinema hollywoodianos. Trabalhou nas redações da rádio Jovem Pan, site Elástica, Revista Época e Revista Superinteressante - e agora colabora com o UOL.

Sobre o Blog

Sexo é o que há de mais antigo nesse planeta, e tecnologia nos traz o que há de mais moderno. Mesmo sem saber quem foi nosso antepassado mais antigo, dá para cravar: ele transava. Mas se engana quem acha que o sexo não mudou nada desde a primeira vez. A tecnologia evoluiu, e com ela nossos hábitos na cama (ou no chão, ou no celular...). Mas dá para juntar tudo, e divertir-se. Muito prazer, esse é o Sexting.